Resenha | Girlboss

Olá, pessoas! A Netflix está mandando muito bem nas suas produções originais, com destaque para as séries. Um dos mais novos lançamentos da empresa foi a série "Girlboss", uma adaptação do livro homônimo e autobiográfico escrito pela empreendedora Sophia Amoruso, fundadora e dona da loja Nasty Gal. A série, voltada para a comédia e que estreou dia 21 de abril na Netflix, é dividida em 13 episódios com cada um tendo por volta de 28 minutos de duração e vem dividindo opiniões a respeito de seu roteiro (escrito por Kay Cannon, do filme "A Escolha Perfeita") e da sua protagonista.

A série já começa apresentando a protagonista Sophia Amoruso no ano de 2006, interpretada pela atriz Britt Robertson, como uma jovem que mora em San Francisco e se vê presa em uma rotina e prestes a se tornar uma "adulta chata", nas palavras da mesma. A garota de 22 anos passa a temer a ideia de conseguir um emprego maçante e trabalhar nisso até o fim da vida. Seguindo seu instinto impulsivo e sua personalidade forte, Sophia decide construir o próprio futuro e se esforça para encontrar um caminho que a faça ter sucesso na vida, além de conseguir boa renda fazendo o que ama. A protagonista consegue montar um negócio vendendo roupas de brechó remodeladas em uma loja chamada Nasty Gal Vintage em um famoso site de compras e vendas, o E-Bay.

"Girlboss" é focada unicamente na jornada de Sophia, tanto seu amadurecimento como pessoa, tanto sua vida profissional. Ela é retratada como uma garota destemida e meio maluca que passou a adolescência roubando bolas de crianças e pegando carona com estranhos para ir a festivais de música, quase sempre acompanhada da amiga Annie. Sophia assume inúmeros riscos para conseguir alcançar seus objetivos, em meio a problemas de saúde e outros obstáculos da vida, incluindo pessoas. 

Nos primeiros episódios foi fácil achar que a série não sairia da "mesmice", já que a história não saía da Sophia mimada e revoltada com o mundo. Contudo, há uma construção em volta do seu objetivo e isso consegue moldar a série e a levar adiante em um ritmo agradável. Foi difícil de se acostumar com a protagonista, uma vez que o título "Girlboss" dá por entender que a série se trata de emponderamento feminino e que essa questão seria retratada de forma abrangente na história. Na verdade, é abordada a impaciência de Sophia em ser tratada como uma garota fraca, inocente e sem capacidade para administrar um negócio próprio e de grande proporcionalidade sem a ajuda do pai e de outras pessoas. Ela transforma a dúvida dos outros em combustível para sua produtividade.
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No geral, "Girlboss" possui personagens interessantes e acerta nas cenas que tentam retratar a atividade de fóruns on-line como uma conversa em grupo real. É divertida em alguns momentos, contudo há várias cenas que podemos nos envolver de forma mais profunda pelos altos e baixos da vida de Sophia. A série acerta muito na fotografia incrível, iluminação, figurino e trilha sonora, além de ser repleta de piadas nerd e referências à cultura pop, especialmente em um dos episódios que os personagens assistem à "The O.C." e se envolvem tanto quanto uma pessoa real. Uma das coisas que mais achei interessante foi ter a oportunidade de rever como a tecnologia e a moda eram na década passada, já que a série é ambientada dos anos 2002 até 2008. 

A história adaptada transpareceu ser muito boa, contudo essas partes interessantes foram pouco exploradas, dando mais espaço para as decisões impulsivas e personalidade explosiva e, em certos momentos, egoísta, da protagonista. "Girlboss" é uma série rápida e tranquila para se assistir, vale a pena por alguns aspectos mas talvez se tivessem feito algumas mudanças ela poderia atingir o potencial que algumas pessoas estivessem esperando ao decidir apertar o botão de play.

"Eu só preciso descobrir uma forma de crescer sem me tornar um adulto chato."
"Você tem razão. Eu sou uma garota e isso não deveria ser uma coisa ruim."


Espero que tenham gostado! Até mais!


TRAILER:


Fonte dos gifs: http://hilaryduffs.tumblr.com/post/159863369783/go-ahead-underestimate-me-its-just-what-i-want

Resenha | Q&A a day (Uma Pergunta Por Dia)


Olá, pessoas! A resenha de hoje se trata de um livro bem diferente dos convencionais. Já faz um tempo que os livros interativos viraram moda entre as editoras e a procura por eles aumentara cada vez mais. A maioria desses livros possuem espaços em branco para que o leitor possa inserir  seus pensamentos  e até mesmo respostas para as perguntas feitas pelo autor.

"Q&A a day 5-Years Journal", da editoria Potter Style e edição de 2010, que possui uma versão brasileira que tem como título "Uma Pergunta Por Dia", publicado pela Intrínseca, pode ser considerado um livro diário onde é possível registrar suas respostas para uma pergunta específica por dia, e o mais interessante é que, nessa edição da Potter Style, são 365 questões diferentes que podem ser respondidas de forma diferente a cada 365 dias, durante 5 anos.

A proposta do livro é muito interessante para quem gosta de manter seus pensamentos e poder verificá-los mesmo depois de muito tempo. É uma ótima forma de perceber como nós mudamos (ou não) de gostos, pontos de vista e reviver experiências passadas e as contribuições das mesmas para nossa construção como pessoa. É como uma cápsula do tempo em forma de livro, como uma rede social própria que te permite guardar seus "posts" para sempre.

Se trata de um livro compacto no tamanho, o que o torna fácil de ser carregado com você até mesmo em uma bolsa pequena, o que ajuda muito ao torná-lo um projeto diário. Ele possui capa dura, o que dificulta um pouco a abertura das páginas, mas nada que torna impossível o seu uso, e o corte dourado das páginas faz o livro parecer um item histórico e precioso (algo como um livro do universo de Harry Potter, talvez relacionado com o nome da editora "Potter Style"). 



Cada página contém 5 espaços diferentes (um para cada ano) dedicados à mesma pergunta, cada espaço possui apenas 3 linhas, parece pouco para quem tem a letra grande, contudo, como a maioria das perguntas são curtas e diretas, nada que um esforço para diminuir a caligrafia não resolva. Aliás, as perguntas são muito interessantes e diferentes, e como o livro é em inglês, é uma ótima maneira de praticar a língua estrangeira e acrescentar palavras novas ao seu vocabulário.



É uma ótima aquisição para quem gosta de se descobrir através dos anos e manter seus pensamentos sobre as coisas e o mundo no geral! Ele possui várias outras versões, como a exclusiva para crianças e outras com durações diferentes de tempo, como a de 3 anos.

Você pode adquirir esse livro clicando aqui!

Espero que tenham gostado! Até mais!