Como enfrentar a perda?



15 de Julho. Às vezes olho pelos cantos tentando entender o quê isso realmente representa para nós, fãs. O fim, o fim de uma era, uma era incrível. Harry Potter nunca foi só uma série de livros e filmes, ele representa algo tão grande pra mim, para nós. Ele me deu amigos, me deu histórias, me deu os melhores momentos da minha vida, cada alegria, cada lágrima, cada abraço que surgiu em pró dessa série. E o problema que vejo em tudo isso é que não estou pronta para dizer adeus. Não estou. É impossível dizer adeus a uma série que marcou tanto uma década, que me fez feliz durante anos, crescendo comigo. É difícil saber que não teremos mais um novo livro à meia-noite, e que não escreveremos mais a quantidade de dias faltantes para cada lançamento nos nossos MSN. Eu não consigo abandonar isso, não tenho argumentos positivos para tais atos, existem coisas boas na vida que simplesmente não deveriam ser permitidas que se acabassem, e Harry Potter é uma delas. Hoje eu imploro para que isso não acabe, que isso dure até as próximas gerações de alguma maneira, é até egoísmo isso não ficar eternizado para sempre, passando de pai ao filho.
Quando eu fecho meus olhos, posso me imaginar na estréia de Harry Potter e as Relíquias da Morte: Parte II. Como nos sentiremos da metade do filme em diante, o que passará pelas nossas cabeças quando virmos o ‘The End’ triste e melancólico aparecer na telona? É um dos momentos da vida que eu não consigo imaginar minha reação: não sei se vou chorar, se vou gritar, se vou enlouquecer. Talvez a coisa mais provável seja que eu abaixe a cabeça entre os braços, e despeje várias lágrimas claras e tristes, talvez as lágrimas mais sinceras. Misto de tristeza e emoção. De sofrimento, de alegria de ter ficado com ele até o fim, e um vazio tão grande que sairemos do cinema sem sequer vestígios de sorrisos. É assim talvez que eu vou me sentir quando vir esse filme. Eu sinceramente não consigo explicar, só saberei no dia, na hora. Mas vai ser difícil, talvez mais que difícil, é algo quase impossível. Nunca estarei pronto para o fim, para entender o fim, nunca estarei preparado o suficiente para ouvir: “A cicatriz não doía há 19 anos. Tudo estava bem.”

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